Répteis como Pets: Exóticos, Silenciosos e Cheios de Fascínio
Os répteis estão conquistando cada vez mais espaço entre os amantes de animais. Longe de serem apenas “bichos estranhos”, eles são fascinantes, silenciosos, de baixa manutenção em muitos casos, e oferecem uma experiência completamente diferente da convivência com cães ou gatos.
Neste artigo, vamos explorar o mundo dos répteis como animais de estimação: quais espécies são mais comuns, como cuidar, quais são os desafios, e o que você precisa saber antes de adotar um desses incríveis companheiros.
O que são répteis?
Os répteis são vertebrados que respiram por pulmões, têm o corpo coberto por escamas ou placas e não regulam a própria temperatura corporal (são ectotérmicos). Eles englobam animais como:
Lagartos (geckos, iguanas, dragões-barbudos)
Serpentes (jiboias, pítons, corn snakes)
Quelônios (tartarugas e jabutis)
Crocodilianos (não são indicados como pets e geralmente proibidos)
Apesar de sua aparência exótica, muitas espécies podem ser domesticadas e criadas legalmente, desde que os tutores sigam as normas do IBAMA e estejam preparados para oferecer os cuidados corretos.
Espécies mais populares como pets
Alguns répteis são mais adaptáveis à vida doméstica e têm temperamento mais tranquilo. Veja os mais populares:
1. Jabuti-piranga
Terrestre, lento e tranquilo
Vive por décadas (alguns passam de 80 anos)
Requer espaço e alimentação variada (frutas, folhas)
2. Gecko-leopardo
Pequeno, dócil e fácil de manusear
Vive bem em terrários com aquecimento
Alimenta-se de insetos como grilos
3. Dragão-barbudo (Bearded Dragon)
Interativo e curioso
Adora subir em pedras e se aquecer ao sol artificial
Precisa de dieta mista (vegetais e insetos)
4. Corn Snake (cobra-do-milho)
Uma das serpentes mais dóceis e recomendadas para iniciantes
Requer manejo cuidadoso e ambiente seguro
Alimenta-se de roedores, com frequência controlada
O que considerar antes de ter um réptil?
Legalidade
No Brasil, a criação de répteis é regulada pelo IBAMA. É obrigatório adquirir o animal de criadouros autorizados, com nota fiscal e microchip (em alguns casos).
Ambiente controlado
Répteis precisam de um habitat com:
Temperatura e umidade controladas
Luz UVB (para metabolismo e síntese de vitamina D)
Locais para se esconder, escalar e se aquecer
Alimentação específica
A dieta varia conforme a espécie:
Herbívoros: folhas, legumes, frutas
Insetívoros: grilos, tenébrios, baratas
Carnívoros: filhotes de roedores (em alguns casos)
Saúde
Poucos veterinários especializados em animais exóticos
Riscos de zoonoses (como salmonela em algumas tartarugas)
Necessário manter higiene rigorosa do terrário
Comportamento e Convivência
Répteis não são animais afetuosos no sentido tradicional, mas cada um tem seu “jeito”:
Alguns aprendem a reconhecer o tutor e interagem de forma calma
Muitos gostam de explorar ambientes ou receber banho de sol supervisionado
Não emitem sons e são, em geral, silenciosos e discretos
Eles são ótimos para quem busca um pet que não exige interação constante, mas ainda assim proporciona momentos únicos de observação e cuidado.
Curiosidades sobre os répteis
Répteis podem ficar dias ou semanas sem comer, dependendo da espécie e temperatura
Algumas serpentes mudam de pele a cada poucas semanas
Tartarugas reconhecem sons e podem até seguir seus tutores
Lagartos como o dragão-barbudo usam gestos corporais para se comunicar (como balançar a cabeça ou acenar)
Répteis são ideais para quem?
Pessoas alérgicas a pelos
Moradores de apartamentos que buscam pets silenciosos
Interessados em biologia, herpetologia ou animais exóticos
Tutores pacientes, responsáveis e dispostos a aprender
Não são ideais para:
Crianças pequenas (sem supervisão)
Pessoas que buscam pets “carinhosos” ou de contato frequente
Ambientes muito frios ou sem espaço adequado para terrário